A Monitorização de Aves Invernantes (MAI) é um projecto da Associação Portuguesa de Anilhadores de Aves que começou em 2011 e decorre em estreita colaboração com a Central Nacional de Anilhagem, do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O MAI tem como objectivo compreender a origem geográfica das populações de aves invernantes, avaliar as interacções entre as populações invernantes e residentes e estudar a fidelidade aos territórios de Inverno. Assim, através de um programa de capturas regulares de aves durante o Inverno e em habitats específicos. as Estações de Esforço Constante (EEC) permitem monitorizar alterações das populações de passeriformes.
Os períodos de monitorização ocorrem entre 15 de Novembro e 15 de Fevereiro, num total de 6 sessões intervaladas em períodos de 15 dias, em que deverá ser cumprido um período mínimo de 5 dias entre cada sessão.
Com este projecto procuramos que os anilhadores escolhessem locais que fossem estáveis a médio-longo prazo, como por exemplo, matos bem desenvolvidos ou caniçais.
O MAI decorria em 9 Estações até 2014:
A Rocha
Paul da Madriz
Paul do Taipal
Mata de Vale Soeiro
Salinas do Samouco
Herdade da Mitra
Água Branca
Forninhos
Ferrestelo
Destas, em 2020 apenas as estações Mata de Vale Soeiro, A Rocha e Herdade da Mitra continuam activas.
Mais recentemente, juntaram-se algumas estações:
Parque Biológico de Gaia
Caniçal de Santa Olaia
Trigais
Salinas do Samouco (completo; entretanto mudada para a Quinta da Atalaya)
Lagoa de Albufeira
Mindelo
Fonte da Benémola
Instituto Superior de Agronomia.
Não é ainda possível apresentar um balanço final da época 2020/21, mas podemos adiantar que, apesar das restrições causadas pela pandemia do Covid 19, várias das estações envolvidas conseguiram, cumprindo as regras de segurança recomendadas pela DGS, manter a atividade e assegurar o funcionamento do MAI.
Há, no entanto, um atraso substancial no envio dos dados que urge colmatar, de forma a que se possa fazer uma análise global dos dados e fortalecer as conclusões que se consigam obter deste projeto estruturante. Faremos atualizações regulares da informação que vamos recebendo e logo que possível faremos uma atualização global de como decorreram os trabalhos nesta época.
Apelamos assim a todos os participantes, desde os mais antigos e resistentes, aos mais recentes, para enviarem os seus dados ao coordenador.
Com os dados que nos foram enviados até ao momento, vamos apresentar alguns resultados, sobretudo número totais por espécie e por local.
Tabela 1: Resultados Totais por espécie (Captura e Recaptura) somente para as estações que participaram nestes anos representados (2012 -2015).
Tabela 2: Resultados Totais por espécie (Captura e Recaptura) por cada estação representada (2012 -2015).
Tabela 3: Resultado para o número total de capturas de piscos-de-peito-ruivo
Erithacus rubecula nas 4 estações mais representativas (A Rocha, Herdade da Mitra, Parque Biológico de Gaia e Vale Soeiro).
Tabela 4: Resultado para o número total de capturas de Piscos de peito ruivo
Sylvia atricapilla nas 4 estações mais representativas (A Rocha, Herdade da Mitra, Parque Biológico de Gaia e Vale Soeiro).
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